Acredite, após reclamar no site de reclamações Reclame Aqui, menos de 2 horas depois Fulano Quirino recebeu uma ligação da empresa de domínio. A pessoa do outro lado da linha não entendeu por que mesmo depois de tanto tempo o problema do humilde rapaz não foi solucionado. A atendente parecia revoltada com aquilo e prometeu que logo tudo estaria resolvido. Com mais uma ligação no dia seguinte (sexta-feira dia 19 de setembro de 2014) a atendente pediu que Quirino verificasse novamente no painel se o problema tinha sido resolvido, encerrou a ligação e informou que ligaria novamente na segunda-feira.
Por incrível que pareça o problema de Quirino foi resolvido e na mesma hora ele pode realizar as configurações em seu domínio; agora ele podia vender e falar sobre seus produtos em seu novo site. Quirino então respirou aliviado e dormiu bem finalmente após 1 mês de insônia.
Na segunda-feira, como foi prometido, a atendente ligou novamente e perguntou se estava tudo ok com o domínio. Quirino disse que sim e conversaram durante mais ou menos 1 minuto. Ao final da ligação ela pediu algo. Quirino concordou e encerrou a ligação. Você consegue imaginar qual foi esse óbvio pedido? Bem, não foi o que Fulano esperava, que era fechar o chamado no painel do domínio já que o problema havia sido resolvido. Não. Como Quirino havia "manchado" a reputação da empresa na web, a única exigência que a atendente fez foi que ele fosse novamente ao site de reclamações e desse sua reclamação como RE-SOL-VI-DA.
Você, leitor, consegue imaginar o tamanho do poder de sites desse tipo? Pois, o que seria de Quirino sem essa "drástica" alternativa? Muito provavelmente seu problema estaria sem solução até agora. Essa é a estatística do futuro que muitas empresas estão usando. Não é mais o acúmulo de chamados abertos ou solucionados que importa para a empresa, ou quantos clientes ligam insatisfeitos para a central de atendimento. Tudo isso está oculto, arquivado e não da nenhuma razão ao cliente se a empresa não quiser fazer nada. O que importa é o quão mal ou bem os clientes estão falando na web sobre determinada empresa. A verdade é que algumas delas (não todas) não estão nem aí pra o cliente, esquecem que se não fosse por eles não seriam nada, não venderiam nada; elas não temem seu cliente, não o respeitam, pintam e bordam com a cara deles, zombam de todos eles pois para algumas empresas eles não passam de vermes, lixos, seres nojentos e reclamões. Se algumas empresas pudessem dizer na cara do cliente elas diriam: "você não é nada para gente e não tem outra saída a não ser usar nossos serviços lixos".
A história de Fulano Quirino é como a de milhões de brasileiros que são desprezados por certas empresas importantes. Assim como nosso personagem fictício (baseado em fatos reais, claro) milhares de outros cidadãos que utilizam serviços péssimos se vêem presos em um chamado sem solução e por ser um cliente muito pequeno a sua única opção é apenas ESPERAR. O pior de tudo isso é saber que quem está do outro lado são empresas idôneas, com nome no mercado, com serviços e produtos famosos, comprados por milhares de pessoas tão humildes e tão desfavoráveis como Quirino.
Você sabe, caro leitor, que há muitos casos de descasos como este, como serviços de telefonia, internet, hospedagens e até mesmo assistências autorizadas que, se não fosse a lei ou sites como o citado no post, passaríamos meses a ver navios, e o pior, pagando pelo serviço.
A história do nosso querido Fulano Quirino não acaba aqui, pois qual seria a graça dessa história sem um belo final? A postagem na web ainda não tinha sido dada como resolvida.
Nosso personagem fictício então se sentia de certa forma obrigado a fazer algo que poderia comprometer a reputação das grandes empresas. Ele pensou: "Se eu pude esperar 1 mês por que eles também não podem?". Mas a alma de Fulano é santa, imaculada e seu coração dói só de pensar em fazer alguém esperar por ele por causa de algo simples. Não teve jeito. Nosso humilde rapaz teve um mês muito atarefado, nem sequer pode ter acesso a internet por lazer por conta do outros serviços, pois a sua reputação estava em jogo naquele momento e ele tinha muitos problemas para resolver. Como explicar aos seus clientes a desestabilidade no website? Não adiantava simplesmente colocar a culpa no serviço contratado. Fulano não tinha culpa; isso estava totalmente fora do seu controle. Então, para reparar os danos, ele teria que cuidar do site, dos produtos e obviamente dos clientes. Fulano teve um mês de cão.
Custava ir no site de reclamações e dizer que tudo estava resolvido? Sim, custava. Não é algo tão simples quanto configurar o painel de serviço de domínio para oferecer o melhor serviço. Veja bem, ele teria que fazer login neste mesmo Painel, localizar o chamado aberto, fechá-lo e em seguida ir ao site onde efetuou a reclamação, e elaborar um texto dizendo que tudo estava ok, que tudo foi resolvido, e agradecer, é claro, ao site de reclamações... A verdade é que Fulano Quirino não tinha tempo algum, a não ser para reparar os erros causados por outra empresa. E assim Quirino seguiu sua jornada, com uma imensa dor na consciência por fazer, pela primeira vez em sua vida profissional, alguém esperar por ele. O que sempre o confortava era saber que uma empresa o fez esperar por 1 mês por causa de um simples problema, causado por eles mesmos, e que impediu o contratante do serviço de divulgar seus próprios produtos.
Um mês após ter seu problema resolvido, Quirino finalmente teve tempo para ir no site, elaborar o texto e dar a reclamação como SOLUCIONADA.
Não devemos esquecer que Quirino também trabalha com clientes mas não deseja que nenhum deles passem o que ele passou. Ao contrário de algumas empresas o desejo de Quirino é da aos seus clientes o melhor tratamento possível.
Aviso: sites de reclamação ou órgãos desse tipo devem ser usados somente em último caso. Primeiro entre em contato com a empresa que oferece o serviço, e só depois vá em busca dos seus direitos em outros lugares e sempre com o protocolo em mãos. Assim que o problema for resolvido, marque todas as mensagem como resolvidas.
0 comentários:
Postar um comentário